Data: 04-04-2012
Criterio: B2ab(iii)
Avaliador: Tainan Messina
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
A espécie ocorre nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, mas ocupa uma área (AOO) de apenas 32 km². É encontrada emmenos de dez locais em situação de ameaça, em Formações Campestres de Altitude.A vegetaçãonativa está descaracterizada e fragmentada, principalmente devido ao processo de degradação pelas atividades de agricultura, extração de carvão mineral e turismo. O estabelecimento descontrolado de áreasde acampamento, a abertura de trilhas e atalhos, o uso inadequado do fogo e a coletade espécies vegetais para uso ornamental geram impactos que podem seragravados com o estabelecimento de espécies exóticas invasoras, que tendem a se propagar com maior vigor que a vegetação nativa emregeneração. As obras de infraestruturade telecomunicações também ameaçam os ecossistemas em regiões montanhosas. A espécie é encontrada em uma unidade deconservação (SNUC).
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Lessingianthus reitzianus (Cabrera) H.Rob.;
Família: Asteraceae
Sinônimos:
Espécie que se caracteriza pelos atributos: subarbusto xilopodífero, com folhas oblanceoladas, glabras, concentradas na base do caule e capítulos solitários, escaposos, com 50-60 flores (Cabrera, 1961).
Ocorre no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Dematteis; Almeida, 2010). Altitude: Cabrera (1961).
Subarbusto xilopodífero, perene, que habita formações campestres em altitude elevada na Região Sul e em São Paulo. Fértil de setembro a maio, polinizado por insetos e dispersado pelo vento (Borges, com. pessoal).
1.5 Invasive alien species (directly impacting habitat)
Incidência
local
Severidade
high
Detalhes
A contaminação biológica por Pinus sp. na Serra do Ibitiraquire, que há poucos anos atingia apenas montanhas de menores altitudes, já é verificada em trechos mais elevados e em setores mais distantes das áreas antropizadas. Também foram encontradas outras espécies exóticas invasoras, como Lilium regale, Cortaderia selloana e Plantago australis, geralmente associadas a acampamentos (Mocochinsky; Scheer, 2008).
1.4 Infrastructure development
Severidade
high
Detalhes
Atualmente a vegetação predominante no Estado (FOD) está descaracterizada e fragmentada, devido principalmente a processos de degradação intensos, sobretudo pelas atividades de agricultura, ocupação desordenada e extração de carvão mineral, reduzindo drasticamente a vegetação original e resultando em formações secundárias em diferentes estágios sucessionais (Citadini-Zanetti et al., 2009).
10.1 Recreation/tourism
Severidade
low
Detalhes
A conduta inadequada de pessoas em atividades recreativas vem causando impactos significativos aos campos de altitude. Os mais comuns são o estabelecimento descontrolado de áreas de acampamento, abertura de trilhas e atalhos, uso inadequado do fogo e coleta de espécies vegetais para uso ornamental. Os impactos resultantes podem ser agravados com o estabelecimento de espécies exóticas invasoras nas áreas impactadas, que tendem a se propagar com maior vigor que a vegetação nativa em regeneração (Mocochinsky; Scheer, 2008).
1.4.8 Power line
Incidência
local
Severidade
medium
Detalhes
As obras de infra-estrutura de telecomunicações ameaçam constantemente os ecossistemas em regiões montanhosas. Os problemas normalmente são agravados pelo fato de os executores das obras terem pouca ou nenhuma orientação quanto a técnicas de minimização de impactos. A instalação de uma antena de transmissão de ondas de rádio no Pico Caratuva, na Serra do Ibitiraquire, teve conseqüências desastrosas para os campos de altitude. Além da supressão da vegetação para a instalação dos equipamentos, foram abertas diversas clareiras desnecessárias. O transporte do material, feito inadequadamente por terra, gerou grandes impactos ao longo da trilha de acesso ao cume. Na mesma serra, em outra montanha, décadas após a construção de uma estrutura de telecomunicação, as conseqüências da falta de compromisso com a conservação do local ainda estão presentes. No local permanece grande quantidade de resíduos, como latões, vigas de aço e chapas metálicas, que foram literalmente descartadas em meio à vegetação (Mocochinsky; Scheer, 2008).
1.1 Agriculture
Severidade
high
Detalhes
Atualmente a vegetação predominante no Estado (FOD) está descaracterizada e fragmentada, devido principalmente a processos de degradação intensos, sobretudo pelas atividades de agricultura, ocupação desordenada e extração de carvão mineral, reduzindo drasticamente a vegetação original e resultando em formações secundárias em diferentes estágios sucessionais (Citadini-Zanetti et al., 2009).
1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Citada na categoria "Em perigo" (EN) na Lista Vermelha da flora ameaçada de extinção do Paraná (SEMA/GTZ-PR, 1995).
4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Ocorre no Parque Estadual do Cerrado de Jaguariaíva, Jaguariaíva - PR (CNCFlora, 2011).
- DEMATTEIS, M.; ALMEIDA, G. Lessingianthus reitzianus in Lessingianthus (Asteraceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB104915>.
- CABRERA, A.L.; VITTET, N. Compositae Catharinenses, I. Vernonieae., Sellowia, v.13, p.143-193, 1961.
- CITADINI-ZANETTI, V.; DELFINO, R.F.; BRUM-FIGUEIRÓ, A.C.; SANTOS, R. Rubiaceae na recuperação ambiental no sul de Santa Catarina., Revista de Estudos Ambientais, v.11, p.71-82, 2009.
- MOCOCHINSKI, A.Y.; SCHEER, M.B. Campos de altitude na Serra do Mar Paranaense: aspectos florísticos., Floresta, Curitiba, v.38, p.625-640, 2008.
- Base de Dados do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2011.
- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE/DEUTSCHE GESSELLSCHAFT TECHNISCHE ZUSAMMENARBEIT (SEMA/GTZ). Lista Vermelha de Plantas Ameaçadas de Extinção no Estado do Paraná, Curitiba, PR, p.139, 1995.
CNCFlora. Lessingianthus reitzianus in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Lessingianthus reitzianus
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 04/04/2012 - 19:11:12